Estamos no bom caminho. Eu fiquei muito feliz com a notícia

Esta notícia é uma boa notícia:
Velha batalha Cidadãos por Lisboa
IPO de Lisboa vai ter obras de 45 milhões
JN, 14-07-2010

«O Instituto Português de Oncologia de Lisboa vai manter-se em Palhavã, depois de, desde 2006, se falar numa possível mudança para Oeiras e mais tarde para o Parque da Bela Vista.
Leia mais clique no título, e veja aí http://www.cidadaosporlisboa.org/index.htm?no=10100002101:072010 as posições CPL que sempre defenderam a manutenção do IPO em Palhavã.
A decisão do Ministério da Saúde põe fim a uma polémica que começou em 2006, quando o então ministro da tutela, António Correia de Campos, anunciou que o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa ia mudar de local.
Na altura, o antecessor de Ana Jorge garantiu que, se este IPO não fosse transferido, teria de receber obras de pelo menos cem milhões de euros.
Nos meses seguintes foram desenvolvidos contactos entre o Ministério da Saúde e várias autarquias, como Lisboa e Oeiras, com vista à localização do novo edifício.
Contudo, o Ministério da Saúde optou por manter o IPO no mesmo sítio, em Palhavã, e anunciou obras que, há muito, são reclamadas.
Fonte do gabinete da ministra da Saúde disse que as obras são "prioritárias" e irão abranger duas áreas: obras estruturais e equipamento pesado.
Para as obras estruturais, o Ministério da Saúde conta gastar 30 milhões de euros e, ao nível do equipamento pesado, serão investidos 15 milhões de euros.
"Prós e contras"
A decisão da tutela de manter o IPO de Lisboa no mesmo local levou em conta os "prós e os contras" da mudança.
A centralidade do local onde o IPO se encontra - junto a um dos principais eixos viários de Lisboa e em terrenos de elevado valor imobiliário - é o motivo que mais agrada aos doentes, familiares e profissionais.
Aquando da decisão de transferir o IPO, Correia de Campos alegara que "as limitações físicas do edifício" eram "dramáticas".
A solução passaria, para o antecessor de Ana Jorge, por encontrar um terreno e construir um novo IPO com as verbas do terreno do edifício actual.
Em 2009, o IPO de Lisboa realizou 203 380 consultas e 6427 cirurgias programadas.»
Ainda estava ao serviço quando senti no ar a tentativa de mudança de local. Sou do tempo das maquetes e dos estudos pedidos por anteriores Administrações e Autarquia. Muito papel se emitiu, muito dinheiro se gastou em projectos. Hoje, ao ler estas notícias mais recentes, vai ficar no mesmo local, com obras de renovação. Foi o que sempre defendi, enquanto funcionária daquela casa.
Como lamento já não estar já a trabalhar. Sei, contudo, que continua a ser um local muito especial, pelo espírito de equipa existente e apesar de «já nada ser como era no teu tempo», o IPO de Lisboa é uma referência a tratar as Doenças Oncológicas e as Pessoas.
Fica um pouco da História do IPO de Lisboa e do seu mentor, tirada daqui:
.../ «Marco fundamental na história da Luta Contra o Cancro em Portugal aconteceu em 1923, quando, graças à actividade do Prof. Francisco Gentil, é publicado o Decreto nº 9333, por si elaborado, que criava o Instituto Português para o Estudo do Cancro, hoje Instituto Português de Oncologia. Francisco Gentil foi nomeado, pelo mesmo diploma, Presidente da Comissão Directora do novo Instituto, tornando indissociáveis a Instituição e o seu fundador. Este decreto marca o início de uma abordagem específica do cancro em Portugal e estabelece objectivos inovadores de investigação, ensino e assistência a doentes, sendo que o Instituto assim pensado estava à frente do seu tempo, pois só 60 anos depois a União Internacional Contra o Cancro e a Organização Mundial de Saúde emitiram definições e orientações que já se encontravam reflectidas na criação do IPO. Em Junho de 1927, Francisco Gentil, consegue que sejam disponibilizadas verbas pelo Instituto de Seguros Sociais Obrigatórios e de Previdência Geral e iniciam-se as construções dos primeiros edifícios do Instituto, num terreno adquirido para esse fim. A partir desta data, progressivamente, foram sendo construídos os vários Pavilhões que hoje completam o IPO, construções que se basearam nas ideias e objectivos do Professor, que assumiu uma forte intervenção em todo o processo. .../
.../ Fica também do Prof. Francisco Gentil a imagem de um médico e gestor preocupado com o doente, são suas as afirmações: “Os doentes que não trazem carta de apresentação são recomendados pelo Director.” e “ Nada, nem mesmo a clássica vaidade médica deve sobrepor-se ao interesse dos doentes.”»
Para a maioria dos que lá trabalham fica o meu bem hajam pela perpetuação de um ideal. Para os políticos que decidem destas coisas de mudar, um provérbio muito sábio: «quem não tem dinheiro, não tem vícios».

2 comentários:

Adriano Filipe disse...

Gostei de ler a noticia.
Ainda bem que ouve bom senso.
Para si Guidinha,que fez parte da luta e para os demais,as minhas felicitações.

Um dia feliz, abraço

Guidinha Pinto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.