Câmara cede terreno na Belavista ... em 2008-07-29

Foi notícia:
«Acessibilidades justificam permanência do IPO
Câmara cede terreno na Belavista, mas já negoceia espaços devolutos com o Governo
2008-07-29
RICARDO PAZ BARROSO
"A localização e respectiva acessibilidade foi a principal razão para esta escolha", justificou estea segumda-feira a ministra da Saúde, Ana Jorge, logo após assinar com o presidente da Câmara de Lisboa um acordo de princípio para a cedência de terrenos com 29 mil metros quadrados no Parque da Belavista.
O futuro IPO vai acolher uma unidade hospitalar, apoio psicossocial, um hotel para os doentes e uma unidade de investigação e ensino pós-graduado. Quanto vai custar esta mudança de local é pergunta que a ministra responde apenas com... "milhares de euros". O processo vai seguir as tramitações normais, como o concurso público. Já o presidente do Conselho de Administração do IPO, Ricardo Luz, acredita que "em 2013 deverá estar já operacional a unidade hospitalar, seguindo-se depois as outras fases do projecto". Refere ainda que será o IPO a custear todas as obras. "Foi sempre nosso desejo ficar em Lisboa, já que em Oeiras teríamos de construir as acessibilidades", disse. O Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil tem a cargo 4,8 milhões de potenciais utentes, oriundos do Algarve, Alentejo, Madeira e, obviamente, Lisboa e Vale do Tejo.
O argumento para a nova localização do IPO é o da facilidade em chegar à futura unidade, operacional a partir de 2013. A Estação do Oriente e TGV, a terceira travessia do Tejo e a proximidade do metro e Carris foram decisivos.
António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, que ontem assinou com a ministra da Saúde, Ana Jorge, um acordo de cedência gratuita de terrenos camarários para a instalação do novo IPO (Instituto Português de Oncologia) em Marvila, usou da sua experiência pessoal para dar ênfase a esta escolha para a nova plataforma oncológica da capital.
Por causa de um familiar ali internado, "senti na pele o que era ter de ir a Palhavã (actuais instalações do IPO) com frequência e tenho bem noção que não sou dos cidadãos com pior condição de mobilidade", descreveu o autarca socialista. "O que seria se fosse para um concelho de menor acessibilidade?", perguntou, aludindo à hipótese que há um ano se colocava, de o IPO ser transferido para Oeiras, onde também havia terrenos gratuitos.
Logo a seguir, António Costa desfiou o rol dos argumentos racionais mais fortes para transferir o IPO para o Parque da Belavista, em Marvila, "uma das lutas prioritárias quando assumiu o mandato". A proximidade à Estação do Oriente, que vai acolher também o TGV; a boca de metro nas imediações; os próximos acessos à terceira travessia sobre o Tejo em Lisboa e até a permanência do Aeroporto na Portela por mais uns anos. "Como se vê, a decisão não foi tomada por um qualquer espírito de bairrismo", resumiu o autarca.
Além destas "revoluções viárias", o futuro IPO vai ter por vizinhança o previsto Hospital de Todos os Santos, que vai desactivar outros cinco hospitais.
Ou seja, somando os espaços vagos com a mudança do IPO e de outras unidades, assim como de outros espaços a cargo dos ministérios da Defesa e da Justiça que também vão ser desactivados, uma boa quantidade de espaços em Lisboa vão ficar devolutos. António Costa anunciou estar em negociações com o Governo para ficar com esses espaços, dando o exemplo do Estabelecimento Prisional de Lisboa, que vai albergar residências universitárias num contexto de cidade "Erasmus", pelo intercâmbio de estudantes.
Nem o autarca nem a ministra da Saúde revelaram qual o destino a dar ao espaço do actual IPO.
Costa fez questão ainda de referir a sua "estranheza" pelo facto de o anterior Executivo ter dito que não havia espaço em Lisboa para a nova plataforma oncológica.»

Ainda bem Dr. António Costa que não foi avante.

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