A Lousã, para visitar com ternura

É um prazer para os sentidos visitá-la. Continua uma bonita Vila, a crescer para o céu. Tem gentes de diversas nacionalidades, que escolheram lá viver. São louríssimos de olhos azuis alguns. Outros morenos, falando português com algum sotaque.
É agradável, pelo menos para mim, pertencer a um País onde outros Povos o adoptaram para viver. Nem o nosso idioma falam correctamente, mas subsistem e multiplicam-se. Os seus putos cá nascidos frequentam as «nossas» escolas. Racistas, nós? Não.
Penso que nunca conheci a Vila da Lousã tão bem como hoje, uma 3ª feira de Setembro, já quase a finalizar as férias.
Visitámos Marisa, no Refill e Olinda, no «Esporão Carnes». Entre uma e outra, colhemos informações sobre onde ficava a Gostos e Traços e também onde almoçar. É que o Casa Velha estava fechado para férias. Eles lá sabem porquê. Mas antes do almoço, tivemos de fazer a visita, já prometida no Facebook, à «Gostos e Traços», uma loja de Produtos Regionais, em começo de actividade, pelo menos pareceu-me, na Praça Sá Carneiro. Demos com aquilo, já perto das 13h e sob um calor de assar. Apresentá-mo-nos ao jovem casal que nos contou ter emigrado de outras cidades lusas para a Vila da Lousã e lá se instalou. Olhámos à volta e ai, tantas coisas boas para trazer. Escolhemos Mel de Rosmaninho e de Urze, premiados. Um queijo, que vai «empestar» a nossa cozinha, pelo cheiro que emana. Nem sei se vamos aguentar este aroma por uns dias. Era uma Merendeira Queijo  Amarelo da Beira Baixa, produzido pela DAMAR, no Fundão. Já chega!, pensámos em voz alta. Passaram factura, pagámos, prometemos voltar, para o ano, e fomos em busca do restaurante para almoçar que já passava da hora e o estômago pedia alimento. 
Deixámos o carro numa praça frondosa, perto da Igreja, num buraquinho mesmo à recta. 33 graus de temperatura era obra para mim e para a Bi, coitada, de língua de fora no banco detrás. Com os vidros um dedo abertos, água numa taça, lá ficou, deitada, como é hábito.
Percorremos uma rua, comprida, passámos o Meliá Hotel da Lousã, algumas edificações antigas, de traça muito bonita e fomos verificando que, ao contrário de outras cidades, há imensas lojinhas com ofertas variadas a quem como nós, em férias, trás uns euritos para gastar e levar uns miminhos de preferência «compre o que é nosso» para os amigos e família de Lisboa.  
Pela rua fora, aproveitando a sombra à direita, lá íamos, marido à frente. A falta de forças exigia-me algumas paragens. Bolas! Para se comer qualquer coisa é preciso este esforço todo! Lá estava o Tapas, num prédio muito bonito, branco e amarelo.


Gostos e Traços e os seus proprietários.


Tapas, em fundo. Aleluia!


Numa sala fresquíssima, degustámos uma Sopinha de hortaliça com puré de cenoura.


A seguir, Pasteis de bacalhau com arroz de tomate e salada para mim. Eu não faria melhor.


Uma Feijoada para marido que eu provei apesar de ser Verão. Estava bem temperada com carnes e enchidos de boa qualidade. Eu não faria melhor.

Seguiu-se Melão para mim. Sobremesa de mousse de chocolate para Marido. Café. No final, um pouco mais de meia dúzia de euros cada um. 
Olinda e Marisa, obrigada pela dica. Tinham razão. No Tapas, comeu-se muito bem. E tanto a «gerente» como a «mocinha», foram muito solícitas, a perguntarem se tínhamos apreciado, se estava tudo bom. Muito bom. Prometemos partilhar a experiência. E haveremos de voltar. 


2 comentários:

Joalex Henry disse...

Boa noite Guidinha,

É verdade a Lousã continua bonita e a serra então nem se fala...
A propósito: está a decorrer um concurso de fotografia na página da Câmara Municipal da Lousã no Facebook, sobre a serra da Lousã. Para o caso de não saber, talvez goste de dar lá uma espreitadela, pois estão lá fotos muito bonitas.
Um abraço e um bom domingo!

José Alexandre

Guidinha Pinto disse...

Amanhã dou uma espreitadela. Obrigada José Alexandre.
Boa semana. Fique bem.