Sabem sempre a pouco, os dias de férias.


As férias acabaram. Há dois dias. Marido foi trabalhar. Voltou a rotina. 
Apeteceu-me vir até aqui, reviver e publicar, momentos bons que nos aconteceram.
O dia de hoje, lá em cima na Serra, deve estar como o da foto, quente e com céu azul, tal como aqui, em Lisboa. Já sinto saudades.
O chapéu está guardado mas as cadeiras estão vazias e expostas em frente ao meu Penedo. Sentei-me pouco nelas, reparo agora. Quando os dias são bem aproveitados, bem vividos, ficam na memória. E não conseguimos usufruir, o quanto queríamos, os bens materiais que vamos adquirindo, porque a reforma ainda vem longe e sem data marcada. Ficam, os bens espirituais. Enquanto a memória nos deixar voar, revive-mo-los.
Foram dias de passeios à Pena, Aigra Nova e Comareira. Arganil e Avô. Lousã. Barragem de Santa Luzia e Parque das Merendas da Oitava, Poços e Igreja de Santo António da Neve, com farnel atrás e boa companhia. 
Foram dias de visitas. À Marisa, à Olinda, a umas lojinhas. E a novos conhecimentos. 
A última semana, foi passada em descanso, com tardes à beira do Rio Ceira em Góis, sem muita afluência e com relva, água menos fria que o habitual, mas com as habituais e chatas moscas e os mais de trinta graus centígrados de temperatura. Meti conversa com o Goiense Pedro, a mulher Sandra e a filha Vitória, de três anos de idade, que era mergulhada ao de leve nas águas correntes do rio, ao colo do pai ou às costas da mãe, como um patinho. Mas também fomos incomodados por um grupo de jovens a caminho da adolescência, goienses muito mal educados, que gozavam os últimos dias de férias à solta e sem controlo de adultos, dando mergulhos e incomodando com gritarias, bicicletas e vocábulos impróprios para a sua idade, quem procura paz e sossego. 
Quem os irá «aturar» quando as aulas começarem?!
Olho a foto e despeço-me.

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