Ontem, 4ª feira, 10 de Agosto

Impossível estar-se confortável em dias super-quentes. Não me dou muito bem com o tempo excessivamente quente. Sempre que a temperatura ultrapassa os 30 graus, pareço uma galinha, de bico aberto, mas em vez de me deitar, como fazem os povos dos lugares quentes, não paro sossegada. Pois foi. Que calor! Tinha as janelas e os estores fechados, é assim que faço. Só à noite, abro tudo, para entrar o fresco da noite e os mosquitos também. Raça de mosquitinhos que este ano nos apoquentam. Não fazem barulho, não são melgas, mas as bábas aparecem e dão uma comichão doida.
Entrei na cozinha. Passava das 17 h, tinha de pensar no jantar, mas ia-me dando uma coisinha má.
E a culpe é dele. Do π'u (Pi'u) O que eu passo, só por causa do meu canário ser feliz. Bastou um palmo de janela aberta para sua excelência se distrair e o calor entrou. Ele adora o calor, eu nem por isso. Canta, repenica o canto, molha a cabeça com frequência na banheira, mas coisa estranha, é que eu nunca vi um canário que não se soubesse banhar. Este é mesmo só a cabeça, até tem as penas da cauda escuras. Dada a ignorância do bicho, eu borrifo-o. E ele gosta. Lavar-lhe a cauda com sabão azul e branco vai ser programa para Marido se entreter, antes de férias. Tenho receio de o agarrar e depois abrir a mão e não vai sair de casa assim, todo sujo.
Mas ontem, ontem foi demais. Como poderia estar tão quente, na cozinha? Olhei o termómetro, prantado no frigorífico. Marcava 30 graus Centígrados. Credo! Não terei eu algumas sobras no frigorífico para uma refeição rápida? E tinha. Saí da cozinha e só voltei a lá entrar quando começou a correr um fresquinho, eram 18h e picos. Abri as janelas todas, pus a ventoinha a trabalhar e comecei a minha faina. Preparar os ingredientes para uns Pataniscos de Corvina com uma salada de feijão verde.
Amanhã, parece que continua quente. Céus!

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