Dia Mundial do Animal III



Este é o Fofo. Apareceu no fundo do Lugar e a minha prima Laura-a-pastora adoptou-o. Talvez há 3 anos. É um misto de cão de água com outra raça qualquer. Foi abandonado na estrada e foi descendo o Lugar. Foi sendo enxotado, até parar à porta de quem ele presentiu ser humano. Foi ficando. Arisco. Na defensiva.

Tem um olhar muito meigo de cor castanha. Gosta de ir com as cabras e dá pouca confiança a quem não conhece ou considere amigo. Coitado. Não há erva que não fique presa ao seu pelo. Não leva muitas festas por causa do aspecto que tem. Mas os donos têm lá tempo para cuidar do banho do Fofo! «Olhem lá, quando é que damos banho ao cão?» pergunta Marido, com frequência, durante as férias de Verão. Logo, amanhã, um dia destes.
É que, pelo menos uma vez por ano, tem a sorte de levar uma boa esfrega, quer precise quer não :). Banho a sério, com champô anti-tudo e molhado, claro, com água corrente da mangueira. Geralmente escolhemos um dia quente para Marido o lavar. Os donos, esses não têm jeiteira para isto. Mas basta um deles segurá-lo pela trela posta. O resto é com Marido. Como o bichinho gosta de se sentir limpo. Pelo menos de parasitas.

Nem 15 minutos foram necessários. Não perdemos tempo, ganhámos, só pelo modo como ele nos olhava nos dias seguintes. É um fofo, este Fofo. E levou algumas festas, sempre que se aproximava de nós.

Há que ajudar a cuidar.

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