Que calor!

Hoje esteve demais. Sair ou nao sair de casa, eis a questão. Sair de casa para um sítio fresco, ainda vá... mas só dentro de Centros Comerciais. Pois. Está bem. Já agora não faço almoço que o fogão aquece a cozinha. Saímos. Daí a instantes, o ar condicionado do carro esfriava o habitáculo. Um dos instrumentos do carro marcava 35 graus lá fora. Cá dentro, 18. Daí a pouco tempo estávamos no Centro Comercial Alegro. Era o mais perto e tem parque gratuito. Sair do carro e respirar o ar infestado de gases poluentes (monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogénio), é mortífero para mim e não só, claro. Mais uns passos largos e mão em concha no nariz e estávamos nas escadas rolantes. Tornava-se respirável e fresco devido ao ar condicionado, que também não é lá muito saudável, mas do mau o melhor.
Pronto. Já estávamos lá dentro. E estava-se bem. A barriga a dar horas e nós a caminharmos direitos aos restaurantes. Olhámos para a direita, para a esquerda e seguimos em frente. Uhm! um dia não são dias e o «cástrol» vai ficar contente. A Portvgália, (com o v), sentados cá fora, a comer de tabuleiro. O meu, um prego no prato com mostarda no bife tenrinho, umas batatinhas fritas a sério e sequinhas de óleo e aquela divisória triangular e mínima com o molhinho da Portvgália. Uma imperial preta para refrescar, um café e aiai! é tão simples sentirmos felicidade.

A seguir, toca a caminhar para ajudar a digestão. Duas compras que andava para fazer. Não é tarde nem é cedo. Dentro da mesma loja, com o preço abaixo do comercial, um filme e música.

Ensaio sobre a cegueira. «Ele» só não está. Agora que se foi, veio a curiosidade de ver o filme, em casa. Para assistir no pequeno ecran, numa próxima tarde de calor.


A música é a dos Baile Popular. Estava desejosa de os ter em casa e ouvi-los.
É alegre. É bonito. Escreve João Gil «Peguem na mão de quem amam e venham até para lá do horizonte e até que o Sol nasça, dancemos e cantemos este Baile Popular».

1 comentário:

Eliane F.C.Lima disse...

Guidinha,
Você é a secretária aposentada mais escritora que eu conheço. É saboroso ler o que escreve, cheio de um estilo próprio, seco, mas envolvente. Nunca me farto-me de lê-la, até no blogue das fotos antigas e de família. Como quem não quer nada, como quem fala do pouco, vai lançando seu anzol e laçando a gente para o muito. Estão lá os vídeos, as fotos, mas se é atraído, de verdade, por sua maneira gostosa de falar.
Eliane F.C.Lima