Cá está a foto

Pus-me a procurar e encontrei esta foto, antiga, tirada por meu irmão. É a cores no seu original, mas eu prefiro-a em tons de cinza. O scan não ajudou muito, mas é o que tenho.
É a foto prometida no Adeus ao Ti'Alberto aqui. No páteo, fora da taberna, em fim de tarde, juntaram-se para um copito e conversa. Praticamente a maioria são família. O canito pertencia ao grupo. Apanhava os pedaços de côdea de broa que os dentes estavam fracos para a rilhar. Memorável. Irrepetível.

Na foto estão:
Em cima: Ti Carlos Simões e sua mulher Ti' Amada, Ti Casimiro Simões, Ti António da Natália, Manuel irmão de Laurita, Ti João Bandeira (em pé), o senhor da garrafa não sei o nome e não é da Cerdeira.
Em baixo: Manel "boticas", Ti Alberto Bandeira.
Dos que reconheço na foto e são, ou foram, meus Primos, só Ti António da Natália é vivo. Quase com 90 anos, penso eu.

7 comentários:

Anónimo disse...

Que pena só poder rever todas estas pessoas que também conheci através de uma foto! Neste momento senti-me triste, enfim... É a vida. Fica bem. Elvira.

Era uma vez um Girassol disse...

Interessante esta foto com tantas recordações, imagino!
Agradeço as sensíveis palavras deixadas no girassol.
É bom viajar, estar no aconchego da família, ver coisas novas, descobrir...Muitas vezes mais ainda, se é possível, do que está dentro de nós e tarda em se mostrar.
Mas o regresso é difícil...
O jat-leg (são 5 da manhã), ter de continuar o trabalho fisicamente extenuante e exigente, a espera ansiosa do dia do regresso definitivo a casa. Uffffff....
Beijinhos, Guidinha, desta flor ainda confusa!!

Guidinha Pinto disse...

Desejo boa viagem, se é que ainda não aterrou...
Bom regresso.
Beijo Flor Grande :)

O.Bandeira disse...

Boa noite!
Esta foto tem uma pessoa,com quem eu gostava de "entender",e, sem querer chamava-lhe sempre Sr. Antonio,nunca acertava no nome,podem imaginar como respondia!!!(vai chamar Antonio ao C.....o) Mas era sempre a brincar e não ofendia ninguem!
O Boticas era uma figura UNICA,um Comico!

O.Bandeira

Guidinha Pinto disse...

Olá O.Bandeira. Tenho muitas saudades do Boticas. Uma vez, há muitos anos, chamei-o distraidamente de Manel, e ele retorquiu logo : Manel não, senhor Manuel! E a aprtir daí, era por mim assim chamado. A casa da sua família era muito perta da nossa, quase ao lado. Ele era impecável no trato connosco e muito solícito. Um dia, comentava eu com a senhora minha mãe, na rua, que precisava de folhas de louro para temperar carne de porco ... que não ía ficar tão gostosa ... que coisa ter-me esquecido ... e fomos à nossa vida. Ele ía a passar e deve ter ouvido o meu comentário. Só sei que daí a uns minutos, ouvi chamar-me: Oh! Guida! Cheguei à porta e lá estava ele com uma pernada de loureiro a arrastar pelo chão. Este chega-te? Nunca mais vou esquecer este acto. Paguei-lhe uns copinhos na Póvoa, como prova do meu reconhecimento. Era do que ele gostava :).
Era um cómico, como frisa. Lá lhe saiam de vez em quando uns impropérios, mas encaixavam tão bem na conversa dele, que até nos ríamos. Adorava ouvi-lo a imitar os padres na missa «santos, santos, santos» com gestos e no final da actuação, um pulo.
Fez muita falta às pessoas do fundo do lugar da Cerdeira. Eram sempre bons bocadinhos que ele proporcionava com a sua lábia. E quando a conversa era sobre alguém com quem não contactavamos, chamavam-lhe «o correio», porque trazia as notícias até nós.
Veio a falecer em Lisboa. O seu funeral, qual não foi o meu espanto, ficou a dois passos do senhor meu pai, no Cemitério de Benfica. Os amigos são assim, às vezes ficam por perto.
Obrigada por comentar.
Beijo

O.Bandeira disse...

Boa noite D. Guidinha!
Enquanto fui lendo o seu comentario,via o Sr. Manel"Boticas" com todos os seus gestos,e juro-lhe que imaginei-o logo com um grande loureiro as costas,desatei a rir sozinha,quando acabei por ler isso mesmo!
Que Deus o tenho num cantinho bom!

Abraço

O. Bandeira

Anónimo disse...

Apesar de ser de outra geração, gostei bastante de ver esta fotografia. O Ti Carlos, a Ti Amada. Claro o Boticas e o Ti Alberto. São figuras que me lembro, dos tempos de escola, dos tempos da Festa da Cerdeira a que todos acorríamos, dos tempos do café da prima Palmira. Momentos de outros tempos. Vou dar um toque ao meu tio Alberto (afilhado deste), para que venha ver este artigo.
Um abraço.