Momentos (IV)

A ponte sobre a minha barroca. Uma visita, em dia quente de Verão.
À volta deste riacho, que deve ir engrossar alguns quilómetros abaixo, o rio Sotão ou o rio Ceira, um eucaliptal, um pinhal, mato, silvas e outras autóctones. que a pouco e pouco o abafam. Um dó.
Não há quem tenha a vontade e junte vontades para uma limpeza a este cantinho que tantas recordações trazem a alguns, afirmo mesmo que a quase todos. Só que poucos por lá passam, já estão velhotes e deixaram de amanhar as terras. Nestas águas, mais abundantes noutros tempos, lavou-se a roupa que era estendida nas margens para corar. Com estas águas regaram-se alfobres de couvinhas. Nestas águas algumas gerações tomaram o banho semanal, ou mensal, ou anual, ou nas Páscoas se tal houvesse necessidade (brinco).

Está reduzida a este caudal a minha barroca. E as margens só deixam passar, quem com os pés abrir caminho.

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