Uma boa frase para campanha: Não prometo fazer, fiz.

Ai sobrinhos, ando tão perdida neste cantinho do nosso à beira mar plantado! As coisas da política e as da justiça estão tão mal. Incomoda-me de sobre maneira o modo como os incriminados se escapam e outros se acham os bodes expiatórios quando a teia da lei os apanha.
Incomoda-me o facto de não terem vergonha na cara. De seres Amorais. Não imorais, mas com total ausência de moralidade. Incomoda-me mostrarem os dentes sorridentes como se nada tivesse realmente passado de tão MAL que fossem constituídos arguidos, ou tivessem fugido à justiça para o Brasil.
Há que parecer ser sério, não basta sê-lo, sobrinhos meus. E como não parecem, não devem sequer ser candidatos quanto mais serem eleitos nossos representantes e governar-nos. Não devemos votar neles. Se votamos, somos idênticos a eles na nossa maneira de ser. Se lá estivéssemos, faríamos o mesmo? Conheço algumas pessoas que vão continuar também a sorrir e a votar nesta gente. É o xicoespertismo português a falar mais alto e só posso lamentar sermos assim. Ai Portugal, Portugal, do que é que tu estás à espera, tens o pé numa galera, outro no fundo do mar.
Dão-me engulhos quando estes malfeitores ficam à solta. E ainda lhes dão a palavra, como se nada de melhor houvesse para preencher os horários nobres da informação. Tenho de os ouvir porque me entram casa adentro e geralmente tenho as mãos ocupadas e não posso mudar de canal ou simplesmente apagar a televisão.
A nível político tento manter-me a par, lendo sobre o que existe na praça. Há os que querem governar e mostram serviço feito, os que só querem lá estar e os que só querem ser do contra. Destes 3, acho graça aos ser do contra... «Ser do contra é bão», com sotaque e tudo. É bão é. De vez em quando a tampa salta e ficamos a saber as coisas. A casca quebra e a casa treme. Alguns caem. Por pouca coisa, diga-se. Outros ainda lá ficam. Isto é bão. O que me vale é que não tem estado muito calor, senão o meu miolo já tinha derretido de vez.

Com eleições à porta, é ouvi-los à esquerda, ao centro e à direita. Os que têm ofertas, prometem. Tudo é promessa. Os que não têm oferta, nem sei o que pensar deles e são os mesmos de há 4 anos...
Para que precisamos nós de promessas? Gostamos de andar enganados ou tomámos o gosto de lhes botar as culpas para cima e chamar nomes feios quando não cumprem?
Encontrei alguém famoso nas lides do diga lá o que pensa disto, que escreveu o que eu penso. N´O divã de Maquiavel: não prometo fazer, fiz.
Falando sério. O que eu apreendo sobre os temas política e justiça é-me fornecido pela imprensa lida e falada. E eles não são objectivos. Defendem cada um deles a honra do partido respectivo, são representantes dos mesmos a ganharem uns tostões extra, divertidíssimosa em mesa redonda. E o povinho a ouvir e a desconversar. Isto não é informação. E ele há cada uma!
Não há jornalistas pivô em Portugal. Que apenas estejam informados e nos transmitam essa informação. E apartidários. São apenas a voz da voz do seu dono. A voz que lhes paga o ordenado ao fim do mês. Se estiver errada, informem-me. Não precisávamos de uns Cronkite (1916-2009)? Precisamos pois! De alguém que no final da notícia nos dissesse «that´s the way it is» e ponto final. Como de pão para a boca. E cá estávamos nós para reagir.
Já me perdi. Não falo mais sobre políticos nem justiça. Ah Viva o Sporting. Já me ia esquecendo :)

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