A caminho de Idanha-a-Nova

Da nossa porta, subimos à Nacional 112 e virámos para Castelo Branco. Nomes de povoações apareciam, assinalando o desvio da estrada principal. Malhada da Serra, Soeirinho, Muninho, Pampilhosa, Sancha Moura, Cambas, Ademoço, Orvalho, Martim Branco. Sobe serra, desce serra. Rectas, curvas, vistas extraordinárias, mas uma sensação de que estávamos realmente a abandonar a altitude. Algures no trajecto, cruzámos o Zêzere. Castelo Branco apresentou-se à direita. Só a olhámos. O amarelo das mimosas salpicavam os campos. Ainda faltavam uns quilómetros e os minutos estavam a esgotar-se. Seguimos pela Nacional 233 a caminho de Penamacor, passámos Oledo, parámos e perguntámos se íamos no caminho certo. Sim sim, é sempre em frente. Simpáticas as duas senhoras de Oledo. A luz baça do início da tarde coloria de mansinho a planície. O estômago já pedia qualquer coisa...

Esta Beira Baixa, não a conheço. Não vi um único rebanho de cabras. Os calhaus desapareceram e deram lugar a pedras e cabeços arredondados e ao verde nos campos. Vi ovelhas. E vacas a pastar. Ao ar livre, dentro de cercas. Que paisagem tão bucólica. Mais adiante uma placa – Idanha-a-Nova. Dentro do tempo previsto. Que lindo estava o dia. Sentia-se um calorzinho e um aroma a abraçar-nos. Parámos junto a um belo relvado e liguei à Julinha: Já chegámos! Onde estão? Lá dissemos e daí a pouco, poucochinho, a família apareceu. Depois das apresentações e dos cumprimentos, Zé disse-nos: Sigam-nos. E lá fomos nós.


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