Também me lembro que, dos cursos superiores que eram ministrados nas nossas faculdades, um deles era Económico-Financeiro (parece-me que era assim o nome). Mais recentemente, passou a Economia e a Finanças, separadamente. A bem dizer, também me lembro que havia os médicos com especialidade cardio-pulmonar e agora há os Cardiologistas e os Pneumologistas. Tudo bem, o conhecimento aumentou, tornou-se mais especializado e houve que dispersá-lo por duas especialidades médicas diferentes, mas complementares. O coração não sobrevive a uns pulmões entupidos. Só que me parece que a Economia e as Finanças não se complementam, como se tem estado a assistir. Apareceram dois grupos distintos: o Gestor - que se matam a trabalhar para executar o que o patrão manda, que é ganhar dinheiro independentemente de quem é prejudicado - e os Economistas, outro grupo onde cada um apresenta um modelo diferente ... o Estado tem de intervir, tem de nacionalizar. Onde é que eu já ouvi isto?
A bendita Bolsa de Valores faz-me lembrar o Jogo do Monopólio com dinheiro verdadeiro, jogado em quadros electrónicos que piscam e mudam constantemente de valores debaixo de gritos, confusão, suor, gestos braçais e vocais. Só assistindo para tentar compreender o porquê aquelas almas se desgastam - o lucro.
Em Portugal passaram cerca de 30 nos de liberalismo. Não me lembro dos portugueses terem acesso a tanta coisa, reportando-me claro ao meu tempo de meninice. A saúde, o conhecimento, as novas tecnologias. A democracia parece estar a funcionar. Falamos à vontade (às vezes só disparates), vamos para onde quisermos, não há censura ... há o big-brother a olhar por todos nós, com os olhos em forma de câmaras de filmar dispostas pelas ruas, dizem que é para nosso bem, mas isto é outra conversa.
Aprendi o que é o deve, o haver e o saldo. Que há o Activo, o Passivo, a Situação Líquida. Claro que o que sei sobre contabilidade e gestão (incluindo o POC's) só dá para administrar condomínios ... mas sei que o dinheiro tem um custo. E que as contas devem bater certas.
Dado este raciocínio, nas não compreendo este slogan: Se quanto menos Estado houver a intervir na Economia dum País, melhor é esse Estado, como posso eu aceitar e compreender que os Estados voltem a intervir para nacionalizar as Empresas que foram à falência, por culpa delas mesmo? E ainda por cima a Banca!!! Ou será por isso mesmo? Banca e Finanças andam juntas ... Quantas empresas não têem fechado as suas portas e posto na rua milhares de trabalhadores? O Estado interviu? Nacionalizou? Não! Dá subsídios aos desempregados e eles que se amanhem. E é por enquanto.Onde está *o dinheiro*? Como é possível que tantos milhões e milhões se tornem virtuais? Sim, onde está o dinheiro? Quem ganhou? Onde está? O saldo não pode ser negativo!
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