Subida ao Penedo de Góis - o começo.

O 1º grupo já ia a subir, algumas vezes tapado pelos calhaus e pelo mato. Estive a fotografá-lo com a máquina do senhor meu Irmão, o Jaime, dado que ele gostava de ter a reportagem completa. Para além disso, o meu telélé não tem hipótese de aproximação condigna com o esforço que eles iam despender.
Entretanto o grupo que se levantou mais tarde por causa da ida à festa a Góis, resolveu meter pés a caminho, perto das 10:00h, um pouco tarde para uma tarefa destas, apesar do Sol brilhante e céu azul que anunciava queimar a pele dos mais encalorados, porque definitivamente a sapeira tinha-se dissipado e o Penedo mostrava-se em todo o seu esplendor convidando os caminhantes a não desistirem.
Continuando eu atenta à minha reportagem fotográfica dos primeiros 3, aguardava a todo o momento a explosão sonora que costuma existir por parte dos que foram e por parte dos que ficam na Cerdeira a vê-los ir, a vê-los progredir na subida, quando mutuamente se vêem.
Fiquei à cóca, a ver quando eles apareciam na estrada do Vale Torto. De repente, o silêncio das 09:50h daquela manhã de Domingo, foi cortada por gritos (uis prolongados), o som de uma concertina ao vivo (Ó minha Rosinha), outros sons trazidos pelo eco, palavras soltas ... e lá estava a bicha de mais de uma dúzia de camisolas coloridas, afugentando cucos, pardais, corvos e outros autóctones com a tradicional berraria de quem se mete por atalhos e se quer fazer ouvir ao longe, por nós, que lhes respondemos também. Ficou gravado o meu grito, que foi espontâneo, e por isso desculpem lá. Também uma frase sentida e um shiu à minha Bi, não fosse ela entrar na festa e «comentar ladrando».
Portanto o filme onde gritei e exultei foi um modo de estar com os retardatários e avisar os outros três, já mais acima na subida, que a caminhada combinada de véspera estava a ter o seu começo.



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