Por causa das flores e das abelhas

Mendel e as Leis de Mendel. Hereditariedade. Céus, que difícil foi. Os tempos eram quase de obscurantismo, comparando-os com os da actualidade. Na disciplina de Ciências do Curso Geral do Comércio, fazia parte do programa estudar estas coisas. Era obrigatório saber, embora não tivesse nada a ver com o que eu gostava e estava a tentar obter. Estes assuntos não eram acessório, eram mesmo conhecimento obrigatório, eram cultura geral. Abriam-nos outros horizontes.
O meu «negócio», não era só números, embora eu, que gostava de trabalhar números, fórmulas e termos contabilísticos, apresentei alguma dificuldades em aprender as leis da Física e da Química sem primeiro as entender - que depois de entendidas, fazia-se luz.
Hoje, ao ter conhecimento da data que comemora o 198º aniversário do nascimento de Gregor Mendel, voei até esses dias, passados na Patrício Prazeres do Alto e São João, até à sala de aula e de ensaios. Já passaram muitos anos, mas não tantos como os que nos separam de Mendel. Lembrei termos, alguns actuais na minha convivência com as palavras e o entendimento delas, como genes, células, ADN e outras, mais esquecidas, como «alelos», «zigotos» e «gâmetas». Tudo isto por causa das flores e das abelhas.
Leis inalteráveis, até hoje. Por isso, se chamam Leis. Impressionante este senhor.
Só para terminar, um à parte. Actualmente, ouvimos falar de Genética na televisão, há romances e livros policiais sobre genética, há filmes. Trabalhei muitos anos num hospital onde a Investigação era uma disciplina e por isso tenho uma ideia do que é hereditariedade e genética. Só que no meu tempo de estudante, nem televisão havia. Céus!

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