Adeus Ano Velho, Benvindo Ano Novo

Há imensas estórias inventadas pelos portugueses, tão bem imaginadas e certeiras que se transmitem a degustar um chá e nos fazem sorrir, rir ou chorar de tanto rir.
De todas as que recebi por e-mail este ano, partilhei aqui algumas. Esta que hoje vos deixo é para abrir o ano em grande. Porque é uma estória bem escrita, cuidada, não ofensiva, que mexe com o que alguns Homens inventam ou sonham e depois se perpetuam como lei divina, ficando a martelar nos nossos cérebros, como inevitável destino a seguir.
Em nome de um determinado Deus, milhões cedem a faculdade de discernir e ficam ceguinhos. Quem proíbe tem o Poder. Proibir o quê ou não proibir, eis a questão. A coragem de alguns em dizer «não» ou apenas questionar, é notícia de vez em quando. A religião não se discute, aceita-se, ou não. Pois sim. Esta nossa mania de olhar as estrelas e de nos questionar-mos se seremos únicos e outras questões esotéricas. Eu penso é que estamos sós, somos únicos no Universo, entregues a nós mesmos. Mas somos milhões, neste planeta azul!
O Homem perde a sua Liberdade quando perde a sua Inocência. Ou se educa e procura intruir-se, mudar, ou a ignorância, a iliteracia, os medos ancestrais, os preconceitos, as tradições, as superstições e tantas outras coisas irão perpetuar-se pela vida fora. Aplico à Religião e à Política também.
«.../Descobrir o resquício de verdade ocasional num grande oceano de confusão e de enganos exige vigilância, dedicação e coragem. Mas se não praticamos estes duros hábitos de pensamento, não poderemos esperar resolver os problemas verdadeiramente sérios que se nos deparam - e arriscamo-nos a tornar-nos uma nação de papalvos, presas fáceis para o primeiro charlatão que nos apareça. /...»(*)
Então, para começar o Ano Novo de 2011, uma receita minha: riam com essa estória. Eu ri e agradeço-o a D. Bacelar, a quem desejo Bom Ano.
«Um casal muçulmano contemporâneo, que prepara o seu casamento religioso, visita um Mullah para pedir conselhos. No final, o Mullah pergunta se eles têm mais alguma dúvida. O homem pergunta :
- Nós sabemos que é uma tradição no Islão os homens dançarem com homens e mulheres dançarem com mulheres. Mas na nossa festa de casamento, gostaríamos de sua permissão para que todos dancem juntos.
- Absolutamente, não! - diz o Mullah - É imoral. Homens e mulheres sempre dançam separados.
- Então após a cerimónia eu não posso dançar nem com minha própria mulher?
- Não - respondeu o Mullah - É proibido pelo Islão.
- Está bem - diz o homem
- E que tal sexo? Podemos finalmente fazer sexo?
- É claro! - responde o Mullah - Alá é Grande! No Islão, o sexo é bom dentro do casamento, para ter filhos!
- E quanto a posições diferentes? - pergunta o homem.
- Alá é Grande! Sem problemas! - diz o Mullah.
- Mulher por cima? - pergunta o homem.
- Claro! - diz o Mullah - Alá é Grande. Pode fazer!
- De gatas?
- Claro! Alá é Grande!
- Na mesa da cozinha?
- Sim, sim! Alá é Grande!
- Posso fazê-lo, então, com as minhas quatro mulheres juntas, em colchões de borracha, com uma garrafa de óleo quente, alguns vibradores, chantilly, acessórios de couro, um pote de mel e vídeos pornográficos?
-Claro que pode! Alá é Grande!
-Podemos fazer de pé?
- Nãããããããããããããão, isso é que não! DE MANEIRA NENHUMA! diz o Mullah.
- E porque não? pergunta o homem, surpreso.
- Porque vocês podem entusiasmar-se e começar a dançar... »

QUE O NOVO ANO 2011 NOS TRAGA DISCERNIMENTO, SABEDORIA, UM MUNDO MENOS INFESTADO DE DEMÓNIOS E MUITA, MUITA SAÚDE.
E dancem muito!
Não preocupem. Ocupem-se.

HAPPY NEW YEAR

FELIZ AÑO NUEVO

BONNE ET HEUREUSE ANNEE

ΚΑΛΗ ΧΡΟΝΙΑ

नया साल मुबारक

عيد رأس السنة

SELAMAT TAHUN BARU


(*)Carl Sagan - Um mundo infestado de demónios; pp54.

2 comentários:

Elvira disse...

Olá. Ano novo - vida nova, pensamos sempre, ou queremos acreditar nisso! E, para começar bem o ano, embora hoje já estejamos a 04, eu ri e sorri com esta anedota... Soube-me bem esta brincadeira que fizeram à custa da religião muçulmana...
Há diversas, ao gosto do cliente - ou melhor, adaptadas à crendice ou fragilidade psicológica de cada um. Todas diferentes, todas parecidas... mas entopindo em certo grau a nossa inteligência, o nosso raciocínio lógico. Beijos.

Guidinha Pinto disse...

Beijo Elvira :).