Esta é a 990ª. postagem neste meu sítio. Noves fora, nada.

Mário Bettencourt Resendes morreu. De cancro. Assim, de repente? questionei-me. Aos 58 anos de idade? Surpresa absoluta. Mas estava doente, continuei a perguntar-me? Quando o ouvi pela última vez?! Nunca o vi com cara de doente. E não consegui ir até lá. Uma branca. Nada, foi o meu pensamento na altura da notícia. Nada informou-me o meu cérebro. Pairei numa espécie de vazio. Não consegui raciocinar, tal foi o meu espanto. 9's fora, nada.
Passado o momento de choque, imaginei o rosto que deixou de estar. A voz com sotaque que deixo de ouvir informar, formar, explicar. Perdi um dos «Bicho's Carpinteiro's. Um Senhor Jornalista que eu lia e ouvia atentamente. Nunca o considerei a voz do dono, na Sic-Notícias. Faço minhas as palavras de Carlos Pinto Coelho, colega de profissão, que disse:

«Mário Resendes era um homem de bom senso e um profissional sólido e limpo num
tempo em que o jornalismo está a ficar frágil e sujo. Vivemos um tempo de jornalismo muito esfarrapado, superficial, apressado, sem bases de cultura. Estas figuras que vão desaparecendo têm cada vez mais de ser recordadas e estar vivas. Este homem deixou marca. E a marca é a de um jornalismo sólido e limpo. Muito firme nas ideias, muito firme nas suas convicções.»

Lamento muito. Até! Mário Bettencourt Resendes.

Foto roubada da NET.

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