Calor

Está demasiado calor. Eu que adoro o Sol, incho de tanta água beber e derreto. As noites não refrescam e a minha casa arrefece um pouco à custa da energia eléctrica. À noite, só o cansaço mental me adormece. Durante cinco a seis horas estou ferrada, sob o ar em movimento proporcionado por uma ventoinha apontada toda a noite sobre a cama. Quando Marido sai para o trabalho, muito cedo, eu acordo. A luz do astro rei está dentro da minha varanda. Não consigo fechar os olhos e adormecer de novo. Bi, entretanto, já fez a sua primeira refeição preparada pelo dono salta para cima da cama a cumprimentar-me. Se finjo dormir desiste das lambidelas e deita-se no lugar do dono. Mas em dias como o de hoje que se prevê, de novo, temperaturas perto dos 40 graus Centígrados, não há maneira de virar para o outro lado, fechar os olhos de novo e adormecer. Levanto-me e vou espreitar a cidade vista da minha janela. Amanheceu pardacenta, quente e abafada. O Sol, bola redonda em fundo de cores difusas há que tempos aqueceu a manhã. Cliquei com o telélé.
Fechei todas as janelas, corri os estores e cá dentro fez-se quase noite.
Hoje, mais um dia enorme e quente pela frente.
Vou arranjar que fazer.

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