Que «salganhada»

Sobre esta notícia aqui http://diario.iol.pt/noticia.html?id=1179428&div_id=4072 e aqui CPLP: Aproximação da Guiné Equatorial deve ser encarada sem dramatização - Luís Amado - dn - DN
não entendo porque não é dramática. Se se juntam Países por terem alguma coisa histórica em comum(*), porquê aceitar um que nada tem a ver? Então e os outros países africanos vizinhos, se quiserem também alterar a língua oficial, também podem entrar? Mas isto é assim? Não é falta de senso?
Estudei a lição primeiro. Vou tentar ser branda e construtiva :).
Com itens separados para melhor eu me entender.
Ora bem. O que quer dizer CPLP? É a sigla da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
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Primeiro: Li que «em Fevereiro de 1994, os ministros dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores dos 7 países de LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA, reunidos pela segunda vez, em Brasília, decidiram recomendar aos seus Governos a realização de uma Cimeira de Chefes de Estado e de Governo com vista à adopção do acto constitutivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.»
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Segundo: Li que «Os Chefes de Estado e de Governo de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, reunidos em Lisboa, no dia 17 de Julho de 1996;
- Imbuídos dos valores perenes da Paz, da Democracia e do Estado de Direito, dos Direitos Humanos, do Desenvolvimento e da Justiça Social;
- Tendo em mente o respeito pela integridade territorial e a não-ingerência nos assuntos internos de cada Estado, bem como o direito de cada um estabelecer as formas do seu próprio desenvolvimento político, económico e social e adoptar soberanamente as respectivas políticas e mecanismos nesses domínios;
- Conscientes da oportunidade histórica que a presente Conferência de Chefes de Estado e de Governo oferece para responder às aspirações e aos apelos provenientes dos povos dos sete países e tendo presente os resultados auspiciosos das reuniões de Ministros dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores dos Países de Língua Portuguesa, realizadas em Brasília em 9 de Fevereiro de 1994, em Lisboa em 19 de Julho de 1995, e em Maputo em 18 de Abril de 1996, bem como dos seus encontros à margem das 48ª, 49ª e 50ª Sessões da Assembleia-Geral das Nações Unidas;» .../ Ler o resto aí: http://www.cplp.org/Default.aspx?ID=48
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Terceiro: Este ser o site oficial da Guiné Equatorial: http://guinea-equatorial.com/. Está em inglês.
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Quarto: Eu raciocinar que apesar da promessa de mudar a língua para poder fazer parte da CPLP, efectuada pelo actual Presidente da Guiné Equatorial, a língua portuguesa ainda não é a língua oficial do povo da Guiné Equatorial. Isto de mudar a língua não se faz por decreto, penso eu. Desde 1770 e tal que os portugueses passaram para os espanhóis esse «terreno» ... como pôr um povo a falar português por decreto? Vai a chicote?
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Quinto: O actual Ministro português dos Negócios Estrangeiros afirma que se vê com naturalidade uma entrada de um País que fala mais de uma língua e alguns idiomas, mas NÃO o Português, confunde-me. Não é correcto. Nem pensar no assunto devia preencher a agenda, quanto mais. Que outros motivos se escondem, como não sei, fica o espanto.
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Concluo: Eu só quero entender.
É aldrabar a estória, a História e a essência da Organização. É misturar tudo e aceitar-se tudo.

1 comentário:

AdrianoRFilipe disse...

Minha Amiga
Concordo plenamente com a Guidinha.
Não seria melhor que se preocupassem em que, a língua Portuguesa,fosse uma das oficiais, falada nas estâncias europeias.
Nas ex-colónias, o português,ainda hoje não está bem vincado nas populações nativas.Ao contrário do Brasil,julgo eu.
A Língua de Camões, não deve ser ultrajada.