O País dos 3 Éfes

De Rembrandt, este leão
Lisboa está em festa. A noite também convida, está bonita. O céu em fundo azul tem algodão cor-de-rosa a enfeitá-lo. A chuva parece que parou de vez e está uma noite nada fria. Mas não é por ter mudado o tempo, ter caído o Governo ou terem perdoado a dívida ao Estado português que muitos estão na rua a comemorar. Não. É por causa da bola! As buzinas não param há mais de meia hora. Lembram-me as noites de eleições há muitos anos. É preciso muito pouco para fazer vibrar os Portugueses. Até houve tiros de polícias e tudo, lá para o Porto, carago. Uns, por serem adeptos dos que ganharam faziam a festa, outros por serem azuis que ficaram em terceiro lugar no campeonato, não queriam festejos por lá. Só visto!
A energia que se vai buscar e se gasta nestas coisas do futebol e em coisas com outro éfe, é incrível. A festa em Fátima vem aí para a semana com algumas horas de tolerância de ponto e tudo. E o Fado? Por acaso agora até há muitas amálias por aí. Quero dizer, boas cantadeiras, porque amália, diz quem sabe, só houve uma. Eheheh. Já no tempo da outra senhora era assim.
PS: Eu que faço os possíveis para me manter desinformada, por vezes armo-me em palonça e mando umas bocas. Fiz uma pergunta à qual obtive como resposta, um encolhar de ombros. Sou burra! Do Sporting, Marido já tinha dito haver quatro jogadores seleccionados, mas não há nenhum jogador do Benfica-campeão-nacional no grupo que Carlos Queirós escolheu, porquê? Burra de novo. Porque a maioria dos bons jogadores do benfica são estrangeiros! E eu gargalhei e respondi: prefiram o que é Nacional! O que é nacional é bom! Ora bolas. Nunca mais aprendemos.
E as buzinas continuam, lá fora. Hoje, algumas mulheres vão ser felizes.

2 comentários:

Rouxinol de Pomares disse...

Guidinha Pinto, gostei do post. Acertivo. Esta coisa dos Éfes, perturba-me e de que maneira, muito mais do que o barulho das buzinas aqui na rua, nem o diabo de uma rua estreita aqui dos suburbios da Capital escapou ao frenesi das buzinas loucas. Não é por ser do Sporting do Porto ou da Académica, nunca tive apetência pela bola e quando chutava nunca se sabia para que lado ia. Desisti, por ter compreendido que não era por ali que tinha que correr. cada vez mais me cheira aos 3 éfes...

Guidinha Pinto disse...

Viva Rouxinol. Esqueci os touros, também faziam parte. Em nome da tradição ainda há gente que adora ver sangue e sofrimento infliigido a animais. E paga para ver. Mas este tema ficará para outro dia.
Obrigada pelo comentário.