Nem de propósito



Vi há poucos minutos na TVC1. Um filme que me transportou a outros tempos, a um passado recente. No meu caso, não senti que tivesse ficado nada por dizer. Mas também não houve um segredo por desvendar, como no filme. Talvez seja esse o motivo deste filme - a dúvida da existência de uma meia-irmã. Comovi-me bastante, quando do abraço da despedida.
Quase todos tivemos o Pai. Alguns, só o progenitor. Cada vez mais há progenitores.
Com o senhor meu Pai, após eu ter atingido a idade adulta, não havia conversa adiada. Dizia-mos tudo ali, no momento. O amanhã era um dia limpinho de rancores, mágoas e diz que disseste. Mas nem todos somos iguais.
Há farinha do mesmo saco que faz pães doces e outros azedos. Sei de filhos que guardam dentro de si, só o mau da relação com seus Pais. Quando eles se vão, ou os esquecem porque conseguem, ou ficam a remoer. Os que ficam a remoer sofrem muito mais na separação. É que já não há a hipótese de fazer perguntas, de limpar as mágoas. Adiou-se a conversa e o copo foi enchendo. Quando menos se espera, não dá para voltar atrás, passou, é tarde. O copo permanece cheio por muito tempo. Marca muito, faz sofrer.

2 comentários:

Pink disse...

Por cá tb tenho pão meio doce e azedo.Copo meio cheio..Q espero que nunca venha a transbordar.
Quem tem filhos tem cadilhos, quem não os tem, cadilhos tem!
Mas espero poder descansar o resto dos dias de férias que me restam.
Acho q um dia desta semana vou ao cinema ver 1 filme cómico, nem que seja 1 animado.
Felizes dias de sol!
Até.

Guidinha Pinto disse...

Continuação de bons dias de férias Pink.
Obrigada pela visita.
Até.