Não, não é trigo nem restolho. Não estamos no Alentejo. Estamos nas Beiras. Serra da Lousã.
Aqui, o ciclo da vida vegetal ainda é vida. É duro trabalho. Plantar. Colher. Ofertar. Saborear e agradecer.

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Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver

e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
pra receber daquilo que aumenta o coração *

*Restolho de Mafalda Veiga

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