Re-escrevo um pouco da estória do sítio desta família, que veio um dia lá de cima, da Europa mais fria, à procura de um cantinho ameno, mais para Sul. Fixaram-se numa serra longe de tudo e de todos, reinventando e ganhando a vida como os nossos antepassados mais recentes. Na terra e da terra. Há pão para quem semeia. Há futuro para quem trabalha.
E Trabalho duro é o nome do sucesso deles.
«A Quinta das Águias localiza-se por baixo da montanha de Caveiras. A quinta situa-se um pouco mais de 650 m acima do nível do mar e data por volta dos anos 1950 quando foram feitos os terraços. A ribeira que vem do monte, é refreada por uma levada que foi feita um pouco posterior às outras construções. Originalmente fundada como quinta para criação de porcos, é surpreendente ver um conjunto tão vasto de edifícios nesta localização tão remota e isolada. O actual proprietário fez um trabalho considerável durante da ultima década, replantando espécies de árvores nativas, mantende e reconstruindo os socalcos e estabeleceu o negócio de uma queijaria com mais de 150 cabras.* Ele trabalha de maneira tradicional com um cavalo e uma mula nos campos. A quinta não está ligada à rede eléctrica mas utiliza a água e painéis solares para gerar electricidade. Nos terraços do vale, criados para plantar milho, crescem agora nogueiras. Havia dois moinhos no vale mas infelizmente na cheia de Novembro de 2006 a ribeira montanhosa destruiu paredes e depositou uma grande quantidade de pedras, deixando assim muito trabalho de recuperação para ser feito.»
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