Terra de boa gente e de bom vinho, de sopa e de queijadas

Temos de ir a Almeirim. E os fins de semana iam passando. No sábado, dia último de Outono, pusemo-nos a caminho. Dia de sol, nada frio para a estação. Chegámos a Almeirim passava do meio-dia, a tempo de apanhar a Adega Cooperativa de Almeirim ainda aberta. Vinho para a Consoada que se aproxima e também para ofertas de Natal.
Continuamos a comprar o que é nosso e a dar hipótese a que as nossas lojas não fechem por falta de clientes, de nós portugueses.
Depois das compras, onde podemos almoçar, provar da bela Sopa da Pedra? perguntámos à senhora que nos atendeu. Olhe, respondeu a sorrir, a esta hora a maioria deve de estar cheio, mas ao pé da Praça de toiros, há o Pinheiro e o ... não sei quê. Agradecemos, carregámos os vinhos para o carro e a seguir e estacionámos junto à Praça de Toiros. Não os havia, nem campinos, mas o espírito da coisa estava ali, naquela construção redonda, com muros altos, caiados e com cartazes de anúncios às iguarias ribatejanas. Arrepio-me só de pensar para que serve este edifício... Temos de procurar os enchidos, disse, que eu quero-os para fazer Sopa da Pedra lá em casa. Está bem, mas vamos almoçar primeiro, disseram. Atravessámos a rua e olhamos para a correnteza de edifícios baixos à procura do dito Pinheiro. Lá está, apontei. Seguimos e entrámos. Quase cheio. Conseguimos uma mesa para nós 4. Aquele cheirinho ... as azeitonas, o pão, ai o pão, o vinho ... o atendimento e o apetite estrondoso, para não lhe chamar fome! Escolhemos bacalhau assado. Entretanto pedi Sopa da Pedra, só para mim. Os outros três queriam era o bacalhau. Mas enganei-me. Quando a terrina chegou, eu comi e eles quiseram provar. Bem. Que sopa, que aroma a coentros, que carninha, que caldo grosso de feijões, que enchidos...
Depois veio o bacalhau para os 4. Eu aprecio bacalhau, de toda a maneira. Mas num restaurante, posta como aquela, em tamanho e em qualidade, não encontrei em tantos por aí. Além disso, quase dessalgado, como manda a Cardiologia, mas gostoso. Envolvido no azeite quente com alhos em cama de cebola e batata pequena cozida, dentro de uma travessa enorme de barro. A senhora minha Mãe comentou que lhe chamavam em miúda - a coruja, por gostar de molhar pão no azeite!? A senhora minha sogra, até estalava os beços, como dizem os alentejanos. O senhor que nos atendeu foi muito atencioso. À porta, uma fila com mais de uma dezena de pessoas olhava os sentados com ar de "deixem alguma coisa para nós", ou "despachem-se que temos fome"... Depois de acalmada a fomita, fomos às compras.

Visitem o Restaurante Pinheiro, no Largo da Praça de Touros, em Almeirim.
E saibam o que é comer bem. Encerra à quinta feira.

6 comentários:

Anónimo disse...

passei por aqui mais uma vez.
e como tal,
desejo-lhe um FELIZ NATAL para si e para a restante familia

O Penedo

Guidinha Pinto disse...

Obrigada Penedo-anónimo. Igualmente para si.

Anónimo disse...

Obrigada pela visita Guidinha!
Volte sempre!
E, espero que tenha tido um Santo Natal!
Já agora, Bom Ano Novo!
*.*

Era uma vez um Girassol disse...

Guidinha, este texto abriu-me o apetite....Hummmmmmm....
Festas Felizes, um excelente 2009 e um beijinho da flor

Unknown disse...

Hummmmm!!! que bom aspecto!
Desejos de um Ano Novo fantástico para si e para os seus!
Beijinhos

Guidinha Pinto disse...

Guiga, Flor grande e Tina, obrigada.
Bom ano para vós também.