HÁ FESTA NA MOURARIA

Raminho de alecrim oferecido por Joaquina, vizinha Amiga. Obrigada. Trouxe-o da Procissão da Nossa Senhora da Saúde, que hoje desfilou por Lisboa. Esteve lá. Esperou pelo andor. Deve ter orado. Lembrei-me deste poema cantado em fado, por Alfredo Marceneiro.
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HÁ FESTA NA MOURARIA
Há festa na Mouraria,
É dia da procissão
Da Senhora da Saúde.
Até a Rosa Maria,
Da Rua do Capelão,
Parece que tem virtude.

Colchas ricas nas janelas,
Pétalas soltas no chão,
Almas crentes, povo rude.
Anda a fé pelas vielas,
É dia da procissão
Da Senhora da Saúde.

Após um curto rumor,
Profundo silêncio pesa,
Por sobre o Largo da Guia.
Passa a Virgem no andor,
Tudo se ajoelha e reza,
Até a Rosa Maria.

Como que petrificada,
Em fervorosa oração,
É tal a sua atitude,
Que a rosa já desfolhada,
Da Rua do Capelão,
Parece que tem virtude.

Poema: António Amargo - Música: Alfredo Marceneiro
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